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26 julho 2020

Cristo no Antigo Testamento

Em Lc 24, Jesus apareceu vivo a Seus discípulos e explicou que a cruz e a ressurreição, assim como muitas outras circunstâncias de Sua vida, foram profetizadas nas Escrituras. O v. 27 afirma: "E, começando por Moisés e por todos os profetas, explicou-lhes em todas as escrituras as coisas a seu respeito". Em seguida, no v. 44, Jesus lhes disse que "era necessário que se cumprisse todas as coisas que foram escritas a respeito de mim na lei de Moisés, e nos profetas, e nos salmos".

Na pregação dos apóstolos em Atos, na evidência dos Evangelhos e no restante do Novo Testamento, muitos textos do AT são aplicados a Jesus. Esta prática provavelmente é um reflexo dos ensinamentos do próprio Jesus sobre como o AT estava relacionado a Ele. Além disso, como estes assuntos são repetidos e desenvolvidos nas Escrituras, a aplicação de um texto particular a Jesus sugere outros textos que também estão relacionados a este tema ou o repetem. Desta forma, podemos ver uma figura rica em padrões, tipos, alusões e profecias do AT que nos apresenta a Pessoa e a Obra de Cristo.

Do início ao fim, o AT verte a expectativa da vinda de alguém. Gênesis 3:15 fala da “descendência" da mulher que feriria a cabeça do tentador (Gn 3:15). Abraão recebeu a promessa de através da sua "descendência" viria bênção (ou maldição) a todos os povos da terra (Gn 12:1-3; 22:15-18). Entre os descendentes de Abraão, muitos tipos apontam para Alguém que viria. Isaque, filho da promessa (Gn 15:3-6; 17:19), foi oferecido a Deus como sacrifício, mas foi redimido por meio de um substituto (Gn 22:1-14). José, levantado para ser bênção para todos os povos, a princípio foi rejeitado por seus irmãos, mas tempos mais tarde eles buscaram seu perdão (Gn 37; 41-48; 50:15-21). Judá se ofereceu para ficar no lugar de seu irmão e recebeu a promessa de um cetro e da obediência de todos os povos (Gn 49:1,9-12). Apesar de todas as suas obras, Moisés falhou e não pôde entrar na terra prometida, mas Deus disse que no futuro se levantaria um profeta semelhante a ele (Dt 18:15-19). Davi, da tribo de Judá, foi levantado por Deus para libertar e pastorear Israel. Deus fez um pacto com Davi, prometendo levantar um descendente dele e colocá-lo no trono, estabelecendo seu reino para sempre (2Sm 7:8-17; 1Cr 17:7-15). Deus seria seu Pai e ele seria Seu filho (2Sm 7:14).

O pacto com Davi é a chave para a profecia messiânica. Ela engloba todas as profecias anteriores de um rei que viria (como a profecia de Balaão em Nm 24:15-19 de que uma estrela que surgiria de Jacó e exerceria o domínio; comparar 23:24; 24:7-9), e também serve de base para profecias posteriores, como a de Isaías 9:6-7, que fala de um filho que estabelece o trono de Davi para sempre com paz, justiça e retidão; a de Isaías 11:1-10, que fala do "ramo... do tronco de Jessé", sobre o qual repousa o Espírito e que mata os ímpios, traz paz e retidão e estende o conhecimento de Deus a toda a terra; a de Jeremias 23:5 e 33:15, que fala de um "Renovo" justo de Davi, que reinará com justiça e sabedoria; e a de Zacarias 9:9-10, sobre um rei humilde e justo, trazendo salvação, proclamando paz às nações e dominando de um mar a outro.

O sofrimento, livramento e exaltação de Davi são tipos que se repetem e são trazidos a um nível superior de cumprimento nas experiências de seu descendente, Jesus. Isso inclui a pedra rejeitada, que se torna pedra angular (Sl 118), o sofrimento que vem a ser uma descrição literal da cruz (SI 22) e a alma que não é abandonada no sepulcro, a carne que não sofre decomposição (Sl 16).

Dentre as profecias de Isaías, a predição acerca do Servo é crucial. Ele viria e traria Israel de volta para Deus, sendo luz para as nações (Is 49), tomaria sobre si nossas aflições e angústias, seria ferido pelas nossas iniquidades e transgressões, e pelos seus açoites seríamos curados. Ele seria como um cordeiro levado para o matadouro, mas seria ressuscitado (Is 53:3-12). Através dessa profecia, podemos ver tipos e figuras de Cristo no sistema sacrifical, principalmente na Páscoa e no Dia da Expiação.

Mas ainda há mais. Na casa de Davi, seria encarnado um Homem que já conhecemos ao longo das páginas do AT: Um que perdoa pecados e cura doenças (SI 103:3), que dá pão para alimentar uma multidão no deserto (Êx 16), que acalma o mar (Jó 26:12) e virá governar como Rei (Zc 14). Este filho de Davi, filho de Abraão, semente de Eva, é outro que o eterno Filho de Deus.

Fonte: Bíblia King James 1611 com Estudo Holman

25 julho 2020

A Perseverança dos Santos

A perseverança dos santos é uma das verdades mais vitais e mais preciosas das Escrituras. Basicamente, esta doutrina significa duas coisas: (1) que os verdadeiramente salvos estão salvos para sempre e (2) que aqueles que permanecem na fé são verdadeiramente salvos.

Falsa segurança

Todos aqueles que serão salvos para sempre estão salvos por causa do que Cristo fez na cruz e pelo poder de Deus de mantê-los salvos. Conhecida como segurança eterna, esta verdade costuma ser expressa da seguinte maneira: "Uma vez salvo, salvo para sempre". Infelizmente, muitas pessoas acham que basta fazer uma confissão em algum momento da vida e elas estão salvas, mesmo que sua vida não dê frutos cristãos. Alguns acham que podem viver como o Diabo quer e ainda assim ser salvos, por causa da confissão que fizeram. Contudo, a verdadeira fé requer arrependimento verdadeiro (Mc 4:12; At 2:38; 20:21).

Verdadeira segurança

Os verdadeiros cristãos permanecem na fé é nas boas obras por toda a vida. Concluímos isso a partir da parábola do semeador, contada por Jesus (Mt 13:3-23; Mc 4:3-20; Lc 8:4-15). Apenas o quarto solo deu fruto, apesar do segundo e do terceiro terem mostrado vida (fé) por um curto período. O quarto solo simboliza o verdadeiro cristão. Dar fruto (isto é, permanecer na fé e nas boas obras) também é o sinal da fé verdadeira em João 15, onde Jesus afirma que somente o ramo que dá fruto é salvo (v. 5-6).

A fonte da segurança

Os cristãos não permanecem na fé por sua própria força. Pelo contrário, cada pessoa da Trindade trabalha para preservá-los. Em primeiro lugar, nossa salvação depende completamente da obra de Jesus, e não de nosso próprio mérito (compare Rm 3:21-26; 4:5-8; 8:1; Ef 2:8-9). Romanos 8:30 vai direto ao ponto: "Além disso, aos que ele predestinou, a estes também os chamou; e aos que ele chamou, a estes também justificou; e aos que justificou, a estes também glorificou". A salvação é tão certa que Paulo fala de nossa glorificação futura no pretérito!

Os verdadeiros cristãos também permanecem na fé porque estão selados com o Espírito Santo, a garantia (Ef 1:13-14) das bênçãos prometidas por Deus, inclusive da vida eterna. Paulo tinha isso em mente ao dizer: “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção” (Ef 4:30). Deus Espírito nos dá a certeza da salvação no início de nossa vida espiritual e nos mantém na fé até o fim de nossa vida terrena (Jo 10:27; Rm 8:16; 1Jo 2:20,27; Jd 24).

João 10:27-29 ensina que os verdadeiros cristãos continuam ouvindo a voz do Senhor e seguindo-O, o que significa que eles permanecem na fé e nas boas obras. A suas ovelhas, o Senhor dá “a vida eterna, e elas jamais perecerão; ninguém as pode arrancar da minha mão. Meu Pai, que as deu para mim, é maior do que todos; ninguém as pode arrancar da mão de meu Pai”. Mas será que, por vontade própria, um cristão não pode escolher sair da mão protetora de Jesus? Não. Um bom pastor não permite que suas ovelhas se percam. Jesus, nosso Bom Pastor, nos mantém protegidos do ladrão (Satanás) e de nós mesmos.

Autor: Daniel. B. Wallace
Fonte: Bíblia King James 1611 com Estudo Holman