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29 março 2024

Sexta-feira da Paixão

Por Augustus Nicodemus 

A Sexta-feira da Paixão é um dia importante para o calendário litúrgico católico, um dia de rememoração do sofrimento, e da crucificação de Jesus Cristo. Para os católicos, esse é um dia de profunda reflexão espiritual, jejum e oração, onde tradicionalmente os rituais e tradições buscam honrar o sacrifício de Cristo na cruz. Igrejas ao redor do mundo se organizam para celebrar a Via Sacra, onde se reencena o caminho de Jesus até o Gólgota, e a celebração da Paixão do Senhor, assim chamada na liturgia porque a morte do filho de Deus sempre aconteceu às 15h, simbolizando a 15ª hora do dia.

Todos esses acontecimentos simbolizam para os católicos o momento de maior dor e separação de Deus pela humanidade. Em contraponto, para a maioria dos evangélicos, a Sexta-feira da Paixão não mantém o mesmo peso ritualístico e cerimonial. Afinal, a morte de Cristo na cruz, embora central na teologia evangélica como o ato definitivo de redenção e culminar do plano salvífico divino, raramente é contemplada com práticas ou tradições na maior parte dos templos evangélicos. Isso porque os evangélicos tendem a optar por uma enfatização mais direta da narrativa do Evangelho da Bíblia e da reflexão pessoal do significado da cruz, ao invés de seguir um calendário litúrgico específico.

Para os reformados, todos os dias são oportunidades para relembrar o sacrifício de Cristo, e a ressurreição é a própria vitória de Jesus, sendo a celebração no Domingo a expressão máxima da vitória de Jesus. A maior parte dos evangélicos não mantém um foco central na data da morte e celebração da ressurreição em datas específicas, preferindo agir de maneira íntima. Por isso, enquanto a Sexta-feira da Paixão é um dia de silêncio e sombra para os católicos, se o dia for lembrado de alguma maneira pelos evangélicos, será um dia de reflexão e agradecimento, lembrando da morte de Cristo com um olhar também direcionado à alegria que virá no Domingo de manhã com a ressurreição.



24 janeiro 2023

[Devocional] Morte e Ressurreição

E, se Cristo não ressuscitou, é vã a fé que vocês têm, e vocês ainda permanecem nos seus pecados. (1 Coríntios 15.17)

Morte e ressurreição estão lado a lado, andam de mãos dadas, pois quando a morte é mencionada, tudo que é peculiar à ressurreição está incluso. Como também o inverso é verdadeiro: quando a ressurreição é mencionada, tudo que é peculiar à morte está incluso.

Mas Jesus por ter ressuscitado, obteve a vitória e tornou-se a ressurreição e a vida e por isso Paulo diz "...Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou o qual está à direita de Deus e também intercede por nós" (Romanos 8.34.).

Já que a mortificação de nossa carne depende da comunhão com a cruz, devemos também compreender que há um benefício correspondente derivado da ressurreição de Jesus. Por isso Paulo diz "...como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos..., assim também andemos em novidade de vida" (Romanos 6.4).

Da mesma forma, a partir do fato de estarmos mortos com Cristo, "fazei pois morrer a vossa natureza terrena" (Colossenses 3.5), de mesmo modo, a partir do fato de sermos ressuscitados com Cristo, "...buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus" (Colossenses 3.1).

Essa verdade nos assegura um benefício: nossa própria ressurreição, da qual temos por Cristo nossa mais perfeita e verdadeira representação. Essa é a nossa esperança: se Cristo ressuscitou, seremos ressuscitados também, pois como Paulo disse: "se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a essa vida, somos as pessoas mais infelizes deste mundo"(1Coríntios 15.19).

Portanto, esta é a certeza do crente em Jesus: todos nós iremos passar pela morte, mas seremos ressuscitados e viveremos por toda a eternidade junto com Jesus: "Temos certeza de que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus dentre os mortos, da mesma forma nos ressuscitará com Ele e nos apresentará convosco" (2 Coríntios 4:14).